A Margem da Estrada
Não passa pelo mundo sem exigência o teu tijolo à magnífica construção do bem.
Não permita que seus dias se escoem sem que algo faça de útil em benefício do próximo.
Não deixe que a sua oportunidade de servir se perca no grande vazio das horas inúteis.
Não consiste em viver exclusivamente para os interesses pessoais.
Não adote o comodismo por norma de conduta, refletindo que Jesus permanece no madeiro, braços abertos, à nossa espera.
Enquanto tens forças para caminhar, sai de ti mesmo ao encontro daqueles que choram à margem da estrada...
Atende-os, como se fossem eles – e realmente o são – vida de tua própria vida.
Liberte-te dos pesados grilhões da indiferença!
Sê a fonte de água pura para os sedentos, a côdea de pão para os famintos, a veste aconchegante para os que sentem frio, o bálsamo para as feridas que sangram, a mão amiga para os que tropeçam, o consolo para os que sofrem....
XAVIER, Francisco Cândido